Resenha: Não se apega, não - Isabela Freitas

"Desapego não é desamor." 

Cá estou eu com mais uma resenha, e dessa vez é de um livro que acho digno de ser lido por toda garota, viu? Não é um "pega e não se apega" mas um "desapegue do que não te faz bem". Porque insistir em algo que não te faz feliz? Porque ser o que os outros querem se você pode ser você mesma? A Isabela (personagem principal - com o mesmo nome da autora) responde esses e outros questionamentos usando sua história como exemplo e várias frases que eu particularmente achei verdadeiras e inspiradoras.

Ficha técnica

Título: Não se apega, não

Autora: Isabela Freitas

Editora: Intrínseca

Páginas: 250

Sinopse: Desapegar: remover da sua vida tudo que torne o seu coração mais pesado. Loucos são os que mantêm relacionamentos ruins por medo da solidão. Qual é o problema de ficar sozinha? Que me desculpe o criador da frase “você deve encontrar a metade da sua laranja”. Calma lá, amigo. Eu nem gosto de laranja. O amor vem pros distraídos.Tudo começa com um ponto final: a decisão de terminar um namoro de dois anos com Gustavo, o namorado dos sonhos de toda garota. As amigas acharam que Isabela tinha enlouquecido, porque, afinal de contas, eles formavam um casal PER-FEI-TO! Mas por trás das aparências existia uma menina infeliz, disposta a assumir as consequências pela decisão de ficar sozinha. Estava na hora de resgatar o amor próprio, a autoconfiança e entrar em contato com seus próprios desejos. Parece fácil, mas atrapalhada do jeito que é, Isabela precisa primeiro lidar com o assédio de um primo gostosão, das tentações da balada e, principalmente, entender que o príncipe encantado é artigo em falta no mercado.

Resenha

Se vocês repararem na imagem do post, meu livro está cheio de post its, marcando trechos desse livro que eu gostei, e dá pra ver que não foram poucos, né? A história começa com Isabela falando sobre seu recém estado de solteira. A partir daí, ela conta sobre seu processo de recuperação pós-término, tentando resistir a tentação de voltar ou de ficar com outro cara. Ela desistiu de um relacionamento de 2 anos e essa não foi uma decisão fácil, afinal, ao tomar essa decisão ela teve que aprender, querendo ou não, a se contentar com sua própria companhia, a ser feliz sozinha, sem estar necessariamente em um relacionamento.

"Eu não sabia o que era dormir sem uma mensagem de boa noite, eu não sabia o que era não ouvir um "eu te amo" todos os dias, não sabia o que era sair de casa sem dar satisfações a ninguém. Eu não sabia o que era viver. Eu não sabia o que era "eu" sem algum "você"."

O que esse livro (maravilhoso, diga-se de passagem) me deixou de reflexão foi: até que ponto alguém insiste em um relacionamento que não faz bem por medo da solidão, ou pior, por se preocupar com o que outros pensaram? Acredite, é a maior besteira insistir num relacionamento assim por medo da solidão ou por medo do julgamento alheio. Uma das coisas que a personagem explica no livro que é uma incrível verdade é que "só é feliz a dois quem já é feliz sozinho", afinal, porque alguém iria querer sua companhia se nem você mesmo a quer?

"Desistir do outro não é fracassar, É ter consciência de que algumas pessoas simplesmente não valem o seu esforço. Se não há reciprocidade não é amor. É insistência."

Ao final, Isabela conta, depois de um ano de solteira, como as mudanças em sua vida foram necessárias e como ela conseguiu "sobreviver" a esse um ano com sua própria companhia. Recomendo este livro sem dúvidas. Ele vale a pena ser lido e relido. Não é um livro de auto ajuda mas me ajudou muito a entender melhor algumas questões sobre relacionamentos e, o melhor ainda, que você não precisa estar em um para ser feliz. Não espere que a responsabilidade de te fazer feliz é de outra pessoa senão sua, busque-a!

Vocês já leram? O que acharam? Pretendem ler? Me contem aqui nos comentários, ok? Mil beijos, princesas!